Tece o fio a fiandeira, segue o padrão, segue o ritmo, continua a história, segue a teia.
Linha por linha ela faz. Faz sua teia. Arma seu lar. Tece o fio a fiandeira. Eu a observo, todos os dias ela tece. Tece e tece. Sem parar para pensar, sem parar para mudar, ela segue tecendo.
Tece o fio a fiandeira, segue o padrão, segue o ritmo, continua a história, segue a teia.
Seu filho aprende o ofício, conta a história enquanto sonha em inventar sua própria. Tece o fio, pequenino, tece como a mãe-aranha, A Tecelã quer sua segurança, tece o fio. Tece o fio, pequenino.
Tece o fio a fiandeira, segue o padrão, segue o ritmo, continua a história, segue a teia.
Sua filha tece a teia, tece o lar, cria a armadilha que vai custar sua vida, tece a teia, minha filha, tece que mamãe-aranha não dura pra sempre. Tece a teia.
Tece a teia.
Todo dia uma teia. Toda teia um novo dia.
Um dia, uma teia, uma história e uma vida… Tece a teia, Tecelã.
Tece o fio a fiandeira, segue o padrão, segue o ritmo, continua a história, segue a teia.
Adoreeeeei 💙
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:>
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Que lindo!! Fiquei encantada!
Parabéns pelo talento.
bjs
Fernanda
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Fico feliz que tenha gostado, obrigado :>
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Lunewalker, não conheço seus outros textos, mas digo que esta cena é maravilhosa. É moderno e poético no ponto certo ao meu gosto. Gostei mesmo.
Tem talento e personalidade, garoto, rs!
Me verá mais vezes por aqui. Até.
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Hey, obrigado. Dê uma olhada nas outras cenas. Algumas me divertem bastante, tanto quanto esta :>
Recomendo a cena da pizza, h-eh :>
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Achei interessante. Me pareceu um uso do recurso da repetição para demonstrar a repetição da vida da aranha a tecer também… No fim das contas o escritor também é um tecelão. Se foi isso, meus parabéns, muito,muito interessante.
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Sim, em parte foi como decidi usar a repetição. Um sem fim de teias tecidas pela Tecelã. Obrigado pelo comentário \o
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Gostei muito, não sei porque me lembrei da aranha de Baby o Porquinho Atrapalhado kkk. Mas a história ficou incrível e repleta de poesia, parabéns!
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Haha, nossa, eu quase não me lembro da aranha de Baby, mas vou fazer uma nova visita ao filme. Obrigado pelo comentário \o
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Sabe que me lembrou das três parcas? A que tece o fio da vida, a que cuida da extensão dele e a que corta o fio. Talvez o seu texto também tenha algo disso na sua essência, não?
De qualquer das formas, gostei muito!! Parabéns 😉
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SIM! Exato! As três irmãs se tornaram uma outra família na minha cabeça, mãe, filho e filha, mas ainda assim as parcas. O fio da vida, a vida que segue e a teia que tece!
Obrigado pelo comentário \o
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Oi tudo bem?
Gostei do ritmo da escrita e da poesia contida nela. Confesso que pensei na canção da “Dona Aranha” haha’
Lendo os comentários vi o quanto é interessante o fato de que cada um leu essa cena e viu algo diferente nela. Pra mim, acabei imaginando o modo como muitas vezes vivemos presos em uma caixa, usando nossos dias apenas para repetir o que fizemos no dia anterior sem realmente vivê-lo. mas também vi pessoas comentando que se lembraram das parcas, ou que entenderam o uso da repetição de outra forma… dizem que ninguém lê o mesmo livro não é? Acho que seu texto foi assim; diferente para cada um de nós, baseando-se no que temos sentido ultimamente.
Abraços!
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Perfeito! Parabéns pelo texto!
Continue neste caminho, escrevendo textos maravilhosos como este ^^
Att.
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